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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 23 de julho de 2010

“Amigos para sempre, esposos amanhã?”

“Amigos para sempre, esposos amanhã?”


Hoje compartilho esse artigo do Padre Cipriano Sánchez, LC que está muito inspirador tanto para nós jovens, quanto para nossos pais e formadores e que dispensa minhas pobres palavras sobre o tema. Encontrei o texto no blog do padre, que de igual forma tem assuntos bem interessantes: Cipriano Sanchez.blogspot.com. Para o original em espanhol click aqui.
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Há quase quatro milhões de solteiros em Nova York. Dados da internet mostram que muita gente planeja seus encontros de modo semelhante. Em Março, centenas de nova-iorquinos optaram por ter seu primeiro encontro comendo tacos: de peixe, de gafanhotos secos, tacos para depois de surfar em Rockaway Beach. No final do mês, saíram da moda, e o fondue se transformou no campeão dos encontros. Umas semanas depois, os rolinhos de lagosta eram a fúria. Em meados de maio os encontros esfriaram as lagostas, e se dedicaram a comer ostras.



Quando na “pré-história” do século passado, um rapaz queria perguntar a uma menina se queria sair com ele não era difícil. Chegava e lhe dizia: “gostei de você, quer sair?” <<“oye me gustas, ¿quieres que salgamos?”>>. O resto era questão de maior ou menor habilidade, de ter assuntos simples para conversar e de pedir alguns conselhos a bons amigos. Hoje tudo é mais complicado. Os jovens se sofisticam muito para estabelecer o primeiro encontro, ou o primeiro dos encontros. Precisam ter a roupa impecável (se os sapatos são “Ferragamo” melhor), mas o pior é que a relação parece um combate de esgrima.



As regras mudaram porque mesmo que a relação nasça da atração, também nasce da desconfiança. Começar a sair com alguém já não é simplesmente um passo para um casamento no horizonte. É para conhecer-se com bastante receio, com medo a que te enganem desde o primeiro momento. Isso porque custa desde o primeiro encontro construí-lo com a sinceridade de que independentemente do futuro, se chegarão ao matrimônio ou não, o projeto dos dois é o mesmo. Assim se fazia, e assim deveria ser feito um encontro, um namoro e quem sabe ao fim um matrimônio.



Hoje tudo se complica. Começando pelo que o outro pode pensar de mim, ao invés de buscar o que o outro quer pensar COMIGO. A inseguridade se instala em um encontro porque pode dizer muito de tua personalidade ou manifestar valores que se compartilham ou não. Os jovens têm medo de ser enganados desde o inicio, não com outro casal, mas com o próprio interior. A sinceridade assusta, porque a sinceridade pode danificar expor, arriscar. E ainda mais quando sabe que o outro já deu várias voltas com algumas de tuas amigas, ou a outra já passeou no carro de vários de teus amigos.



Em um sereno diálogo os pais têm que ensinar os filhos a se relacionarem. Os pais não podem ter medo de instruir aos filhos sobre a arte do namoro, nos conselhos que firmam a sinceridade do coração, na clareza de um projeto, nos códigos da afetividade. Ninguém nasce sabendo, ninguém se apaixona sabendo. Os matrimônios sólidos requerem iniciativas sólidas. Nossos jovens começam cheios de medo, de insegurança, de pânico. Pânico pelo sexo, pânico pela decepção, pânico pelo compromisso. Os jovens têm que crescer na amizade mútua, que será a melhor forma de crescer na confiança, da qual nascerá o compromisso que vislumbra um matrimônio no horizonte. Mais amizade e menos sexo. Mais diálogo e menos ruído. Mais confiança e menos vulgaridade. Se não soubermos ter amizade hoje, não poderemos ter esposos amanhã.